No turbilhão de uma mente que ferve a milhão
Em meio a pensamentos que se vão
Se colidindo em meio a multidão
De quem trafega na contramão
As palavras escorrem entre os dedos da mão....
A dificuldade em formar frases
As vezes deixa a dúvida do que as dores são capazes...
Inspiram, conspiram, piram...
É tanta coisa que passa sem parar
Daqui pra lá, de lá pra cá
E num breve piscar do olhar
As palavras se perdem no ar...
Mas o poeta quando se sente perdido
Vai atrás delas para buscar um sentido
Para simplesmente estar ali, vivo...
Penso, insisto, resisto,
Para escrever, são vários os motivos:
Trabalho, policia, democracia, chacina
Ansiedade, depressão, medo, família
Golpe, educação, saúde, periferia...
Pedro, Antônio, João e Maria
Mas a mão se perde entre o que a mente dita
E sequer digita o que a alma regurgita
E sem fim fica mais uma poesia
Mais uma poesia infinita
De um poeta que em silencio...grita!
-daLua
#LiteraturaMarginal
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