terça-feira, 14 de julho de 2015

Super Vizinho

É tanto imóvel vazio abandonado
Um festival de placas de imobiliárias
Prédios pichados, acabados
E milhões vivendo de forma precária
Sem teto, sem casa, desabrigados.
Algo está errado,
Ou no mínimo, mal planejado, administrado
Porque quando o povo se movimenta
A PM desce a lenha
Defendendo terras alheias
De novas aldeias.
E assim a guerra se sustenta
Entre quem quer morar
E quem só quer lucrar
E no meio disso tudo
quem deveria organizar:
Estado omisso, inoperante
Joga sua cavalaria contra o povo ignorante
Alegrando os latifundiários urbanos
Fabricando revoltados suburbanos
Empurrando famílias sem paredes
A virarem invisíveis tapetes
Pisoteados e ignorados
Por quem anda apressado
Correndo atrás de um trabalho
Porque o aluguel já está atrasado
E não quer se ver no chão
E uma placa em seu portão
O estado assiste tudo de seu palácio:
O povo cumprindo seu dever de palhaço
Enquanto seu direito a moradia é ignorado.
Sorrisos largos, fartos
de empreiteiros e construtores safados
Lagrimas contínuas e lamentos
Da mãe que não tem um lugar digno
pra criar o seu rebento


Nenhum comentário:

Postar um comentário