terça-feira, 18 de agosto de 2015

Ver além

A vida me golpeu
Senti o baque e cai
Mas eis me aqui
Nada foi em vão não
Muito eu aprendi
Tantas eu perdi
Outras adquiri
To firmão
No caminho que escolhi

Então que seja assim
Secando lágrimas e canetas
Escrevendo sem brincadeira:
O que alma grita vira rima
E enquanto o coração espanca
Destrava a tranca
Da mente que se abre
Pra visão que vai além e invade
Os pensamentos loco
De quem aprendeu que é muito pouco
Viver somente com o que lhe é imposto

E então como marginal se coloca
Expondo a ótica que choca
Pra que nada e nem ninguém
Fique de fora
Poesia ardida, afiada que toca
Pra que todos sintam e vejam alem
Sensibilidade que maltrata
Ao mesmo tempo em que trata
Sociedade alienada

Não é pra ser bonito
E sim pra ser sentido
Portal de consciência
Extraída da vivencia
De quem sobreviveu
Morreu e viveu
Ponto de luz de quem conheceu o breu

Literatura que foi a cura
Marginalidade onde a poesia é armadura
Que defende da realidade que tortura
Amargura
Mata e murmura
Que nóis não pode porra nenhuma
No inferno das ruas
Só transborda inspiração pura

Pra que reviver a dor do passado
Se posso evitá-lo no futuro
Livrar alguem do machucado
Chega de ódio, já vimos que deu errado
A próxima história é nóis quem hoje escreve
Nossos filhos agradecem
Então mais fogo, mais amor
Mais poesia, menos hipocrisia

Então vai vendo
Há um propósito
Não basta estar lendo
O que se busca é lógico
Não é fama, é firmamento
Que através do psicológico
Eu lhe traga ensinamento
E você a mim também
Numa troca onde todos possam finalmente
Ver como tudo é diferente
E vamos crer no que podemos ser
E crer no poder que tem:
VER ALÉM!

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