quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Castelo de areia

Perdeu-se o coletivo
E ninguém mais sabe qual
o real objetivo
Por pouco se afundou
E o que sobrou
É o raso indivíduo

Que pelo conforto
Não escolheu o caminho torto
Ao sentir a agua bater no oco
voltou, pro raso, preferiu ficar no porto
Ganhou a vida e ainda exige o troco
E chama de louco
Quem faz o corre pelo tesouro
Que se aventurou por achar
Que o que oferecem é muito pouco

Vai vendo...

Assim caminha a desumanidade
Com suas contrariedades
Ser padrão é sinônimo se sanidade
No automático, robótico
Em prol da sociedade
Mas não vê o que é lógico
Que também se perdeu a individualidade

Ai fudeu!

Coletivo dividido
Individuo perdido
Sobrou só o corpo vazio
Ancorado no raso
porque é o mais prático!

Mas não, nããão mano....
Esse é o plano
De quem só parece ser humano
Mas arranca de você todos seus sonhos
Fazendo você esquecer
de quem é você
Você vê?

Eu vejo!

E ai tudo clareia
Eu me aprofundo em mim memo
Enquanto você foge pra areia
Areia...
Castelo de areia
Agora o tsunami chegou, e levou
O que você construiu a vida inteira
Como se fosse brincadeira

Mas não é!

O bagulho alem de doido, é sério
Penetraram no seu cérebro
Pra que você só pense em crédito
Pra satisfazer seu ego
E não perceber que menos arvore é mais prédio
Já era o seu castelo...
Menos vida, mais concreto

Cruz credo!

Onde vamos parar assim?
Pra eu mudar a humanidade
Preciso começar por mim
Como cobrar menos violência
E mais harmonia
Se to ocupado fazendo boletim de ocorrência
E desejando que não me roubem mais um dia?

É preciso desejar mais,
Querer mais...
Fazer mais!
Comigo mesmo estar em paz
E irradiar aquilo que satisfaz
Não a mim, mas a todos aos meus iguais

Plenitude

E curar o individuo
Em nome do coletivo
Porque se sou parte do todo
É culpa minha também se ainda sofre meu povo
Então eis me aqui, escrevendo de novo
Na busca de que se resgate o gosto
De estar vivo, em nome do coletivo
E não o oposto
Coletivo em prol do individuo
É maquina de sustentar bandido
E por isso tamo fudido...

Chega!

Deixa o ego pra lá
Vamos somar
Porque já dividimos demais
E se pá, restou nada, de tão pouco
Ta na hora de nóis devolver o troco
Pra quem só nos explora até o osso
Enquanto se lambuzam com o filé
Nóis tá fraco, mal fica em pé
É, assim que é...

Mas não vai ser mais!

Unidos com cada eu fortalecido
Pesado vem o coletivo
Na mochila, experiência, consciência
Atitude e plenitude
Aí sim, sem precisar ser mais rude
É só voltar pra praia
E fazer com que a coisa mude

Não se prenda pela renda
em nome de sua vida inteira
A vida é um jogo, mas não é brincadeira

Se for pra ficar na areia,
Que seja pra enterrar a sujeira!

Nenhum comentário:

Postar um comentário