segunda-feira, 20 de julho de 2015

Coração que ecoa

Escrevo por opção
Sem obrigação
Dando voz ao coração
Que ecoa através da visão
Distorcida do mundão
Onde cada cidadão
Se não age de arma na mão
Armados de ódio estão
Hostilidade é o pão
Se lambuza na refeição
Guiados pela televisão
Destrata o irmão
Em nome da religião
Achando que encontrou a salvação
Assim como quer o grande vilão
Enquanto uns sonham ser o grande chefão
Corpos caem no chão
Outros só bancam o valentão
De distintivo na mão
Pra aparecer na televisão
E trazer votos pra próxima eleição
Ordem e progresso é o lema da nação
Mas na pratica é mentira e corrupção
Que tira do povão
Cultura, lazer e educação
Sistema sem noção
População em ilusão
Sofrendo com a escravidão
Enquanto quem fica com o cifrão
É quem não suja a mão
Nem sofre na condução
E você que se mata pro patrão
Não vai ter nem pro caixão
Descartado como papelão
Vítima da própria condição
Por escolher a alienação
Deixando-se levar pela manipulação
Afundou no próprio chão
E limitou a visão
Abrindo mão da razão
Calando assim o vazio coração.

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