quinta-feira, 9 de julho de 2015

Na contramão

Na contramão do que se é exigido
Assim vou me guiando, não importa o sentido
Se você ta voltando, eu to indo
E vice versa
Na moral, na manha, sem pressa

Por escolher ir contra, o caminho é mais difícil
É minha, a responsabilidade do desvio
Pra se evitar o conflito
Com a maioria que escolheu outro caminho

E por isso, as vezes me pergunto
Porque não aproveitar e ir junto?
Sem ter que desviar
Se deixar levar
E ver onde vai parar
Até quando insistir em contrariar?

Vale a angústia, vale a pena sofrer?
enquanto você olha pra fora atrás do que deve ter,
Eu olho pra dentro, buscando o que eu devo ser!
Enquanto eu sentir, a pena vai valer
Porque estarei vivo, diferente de você

Então sigo contra o fluxo
Vocês buscam o raso, eu vou pro-fundo
Auto-conhecimento é luxo
Numa sociedade onde todos se fazem de cegos, surdos e mudos

Trilhando caminhos expressos que os levam ao nada
Vou na contramão, desviando a cada trombada
Assim é minha estrada, livre e esburacada
Cheia de paradas
Pra abastecer o estoque de vivências
Alimentando-se de experiências

Ao contrário da sua que é toda asfaltada, sinalizada
E com tanta gente a caminho do nada
Fica congestionada
E você andando sem sair do lugar
E eu viajando parado tentando me encontrar

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