quarta-feira, 29 de julho de 2015

Tendências

Desde pequenos somos bombardeados
Por conceitos herdados
Sobre o que é certo
Sobre o que é errado
E já na terceira ultrassom se define a cor do quarto:
Moleque, azul escuro
Menina, rosa claro

E assim, inocentemente
Se entra no consciente
Do ser inocente
que vai crescer crente
Que são cores que definem gente

Azul é de macho
Rosa é de mocinha
Branco é tudo fácil
Preto é chacina

Logo a publicidade entra em cena
Trazendo um grave problema
Pra quem não tem nem do ovo a gema
E geme pra que no final tenha
O que tem o ator de cinema

Na cultura do quanto mais, maior
Quanto mais novo, melhor
Uns escolhem o caminho pior
E depois querem culpar os menor!
Promovem a desgraça e não assumem o bo?

Sociedade tendenciosa
Meticulosa, perigosa
Manipuladora, venenosa
Desde cedo dando cores as pessoas
Que determinam o sexo,
se são ruins ou se nem são pessoas

Depois lança a isca
Pra ver quem se arrisca
A ser fisgado pela cobiça
Com a desculpa
De viver sem culpa, vida fácil, confortável
Acumulando lixo eletrônico descartável
Nem ai pro miserável
Enquanto passeia com seu carrão admirável

Sistema que tende
a ignorar o povo carente
Que só se faz presente
Em eleição pra presidente
Carência que tende
A violencia que tinge a gente
Com o vermelho sangue que é tendencia
De um governo que tende a incompetência.

Tendências...

Preto, pobre, favelado,
Branco, rico, universitário
Caminhos que tendem a se encontrar
Porque a ultima tendência é mãe chorar
Lagrimas que não tem cor
Assim como a dor
Que tende não passar
Independente de quem vai sangrar

Tendências...

Nenhum comentário:

Postar um comentário