quarta-feira, 20 de maio de 2015

A máquina





















Quem vê de fora,
Vê melhor, já dizia a velha senhora
E do lado de fora estou agora
Observando de cima 
Como a maquina gira

São como círculos
Funcionando em ciclos,
Que vai, volta
E as vezes se encontram
E se chocam

Consigo ver cada engrenagem
E não acho,
Um espacinho sequer onde eu me encaixo,
Sem sacanagem,
Não há espaço

O padeiro que faz o pão
Pro dono da padaria vender pro peão
Que pega a condução,
Motorista e cobrador te levam pro trampo:
Um banco,
Da bom dia pro João, 
que tenta proteger o patrimônio do patrão
E dar a segurança suficiente
Pro dono da padaria que é cliente.

Ele deposita o dinheiro do pão
Na sua conta corrente
O banqueiro, fica contente 
Paga o peão e o João
E ambos vão na padoca gastar
pro dono da padaria pagar
quem fez o pão
e você continuar
a girar
sem sair do lugar

E nesse ciclo, poucos vão pra luta
Mas são eles que ficam contentes
O dinheiro circula, 
suja a mao dos inocentes,
Ilude achando que a eles pertencem,
Mas não passam de meros clientes.

E esse é o combustível da máquina:
A ilusão que não é nada mágica
Pura tática 
pra uns fazerem
O dinheiro dos outros renderem

Daqui eu vejo, tudo isso acontecer
Se você não vê,
Boa sorte pra você!
Se você vê,
tamo junto no rolê
Atrás da cura
no meio desta loucura!

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