domingo, 17 de maio de 2015

Espelho


Trincos nos espelhos
É o que vejo
Quando tento ver a mim mesmo
Imagens distorcidas
De uma cara desconhecida

Tantos anos de azar
Só tento ver como isso vai acabar
As peças se encaixar
E meu eu a se mostrar

Vidro, vivo
Cacos pelo caminho
Pés cortados, manchas de sangue por onde piso
Vagando liso,
Em busca de um refresco
Do paraíso ou do inferno a que mereço
Enfim, de um espelho
Pra eu ver de qual mundo eu pertenço.

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