terça-feira, 5 de maio de 2015

Babilonia na tela

Arte que imita a vida distorcida,
Pseudo-cultura que explicita
o contraste agudo do mundo,
do café farto da elite
com o rato no barraco imundo
Feito de madeirite,
Tiazinha se ataca, se escandaliza
ao ver na tela o retrato do dia a dia. Muito sexo sem amor,
Prostituição, putaria
Mãe brigando com filha
Traição, vingança,
desesperança, dor,
ganancia.
Politico corrupto evangélico,
Jovem ateu e beijo lésbico,
babilônia, tia
Limpe a retina,
Olhe a sua volta e veja que nem é tanta mentira
A tia em choque, alienação em lote.
É doído se assistir,
se ver na tela como figurante sem do sofá sair.
Criticar a si sem perceber,
é olhar e não ver,
a babilônia não é novela,
Ficção que te entrete na tela
é a realidade dolorosa da terra.
Mundo caótico em desespero,
debatido em programa de fofoca o dia inteiro,
enquanto o mal, sorrateiro
espreita a sua porta
pronto para cortar a sua aorta.
Mocinho e vilão,
quem dita é a situação,
e na babilônia real,
não há ficção
todo mundo é vilão
fazedor de seu próprio mal,
não é cenário, não é ator,
é o desamor
plantado
nesta terra de safado.
Se ilude ai tia, com sua novela,
espelho do que se acontece do lado de fora de sua janela,
mas nem liga que no final dela,
até a babilônia será bela,
mas fora da tela
o bicho pega
Enquanto da sacada você bate panela
nóis taca fogo nela
até ela cair
e você acordar e parar de assistir
E notar que enquanto você assistia sem fazer nada,
Tudo ao seu redor está preste a ruir
Inoperante, ignorante,
Sentada, alienada
Porque a revolução não sera televisionada
E será aterrorizante!

Nenhum comentário:

Postar um comentário