Certo dia,
contando moedinha
no mercadinho da vila,
pensei: 'Pô, vou levar um brinquedinho pra minha filha, tadinha'
No corredor dos brinquedos
um receio, fiquei Cabreiro:
pra menino é só herói e carrinho de policia,
pra menina, fogãozinho e pia...
É mano, não tem mesmo jeito,
o barato é louco e vem desde cedo,
destinando a vida adulta em forma de brinquedo.
Ou você acha que esperam
colocar o moleque no mundo do conflito
entre o bem o mal
sem saber do perigo
que se corre ao deixar o poder na mão do menino
de julgar o que é normal, legal?
Tal poder jamais estará,
a escola formará,
a tv complementará,
e pronto, crescendo de arma na mão,
pronto pra guerra.
Pra que lado ele vai escolher?
Sei não...
Senta e espera...
E pra minas?
Só cozinha?
Maquina de Amélia omissa,
passar roupinha,
brincar de casinha
e depois apanhar do Ken?
To fora disso também.
Quero que minha filha vá muito mais além...
O foda é a inocência dos pais,
gastando cada vez mais com personagens
e desde cedo suas crianças estragando
achando que ta agradando
ao ver seu filho hipnotizado com essas bobagens
Galinha pintadinha o caralho,
Quando reclamo quando dão,
eu é que sou o chato!
Mas minha filha merece mais minha atenção
do que um brinquedo caro!
Que da hora! Imagina a diferença significativa dessa criação na vida de uma criança com um pai pensante?
ResponderExcluirNum sistema que nos adestra para sermos consumidores passíveis e perpetuarmos este ciclo, essa diferença é Inimaginável, eu sei... hahaha fogoooo