domingo, 28 de junho de 2015

Necessidades

Se prepara que hoje eu vim pra atacar
Porque cansei de tanto blablabla
Essas idéias aí de vocês não vou comprar
Aos meus ignorar?
Pra poder me encontrar,
Na moral, não dá
Homem no topo da cadeia alimentar?
Falou, é a mentira em que vc quer acreditar
Pra poder ter licença pra um ao outro matar
Pode pá, esse vem pesado quero ver quem vai aguentar
Se quiser pode por aqui ficar
Porque é possível que eu tire sua cabeça do lugar
Você escolheu continuar
Entao vamos lá:
Se dinheiro é necessidade
Quem veio primeiro?
A moeda ou a humanidade?
Vai pro meio da mata perguntar
Como o índio vivia antes dos portuga virem pra cá
Em comunidade, em paz e liberdade
Mas fudeu, tem que ver se sobrou algum pra contar
Já que nem isso eles perdoaram
Desde que chegaram nesse lugar
E eu to cansado de escutar
Que devemos aceitar
Cada um no seu lugar
Correndo atrás do que se é necessário
Mas se o que você precisa é salario
Ta pensando errado
Ou vai me dizer que é feliz correndo pro lado errado
E morrer como um miserável?
'O futuro a Deus pertence,
Então adeus pertence'
E você ta ligado que daqui não leva nada
E nessa vida enigmática
Muitas vezes engraçada
Aquele nóia que você despreza, vive na euforia
Na ilusão e na pedra morre em dias
Mas talvez experimentou a alegria
Que você todo saudável, tiozao de academia, nunca terá um dia
E pra onde os dois vão?
Qual o final dos dois?
Algodão no nariz apodrecendo no caixão
E então, qual a necessidade?
Do que o homem precisa de verdade?
Vale a pena tudo isso aí pra por um feijão no prato?
Vivendo como ratos se matando para os gatos
E xingando o outro de macaco?
Eu avisei, vem pesado
A mao não cansa enquanto a alma reclama
E hoje te respondo a realidade
Necessidade do homem hoje é a vaidade
Que o faz se corromper por querer sempre tudo, não só a metade
E assim caminha a humanidade
Da vaidade indo atrás
E que se foda esse tal de amor e os seus iguais
'Eu tendo conforto, estou em paz'
Mas aqui não mano, jamais
Por isso o coração bate, não faz carinho
Que é pra lembrar que ainda estamos vivos
Nos mostrando o caminho
Mas não vê quem acha que ja se livrou do espinho
E o meu espanca quando vê que to no desvio
E enquanto a alma grita
Eu mando a rima
Mesmo que essa porra não mude nada um dia
Mas que sirva de referência pra minha filha
Pra que não caia na armadilha
Daquele que logo cedo vem seduzindo
Pra no futuro te cobrar se não estiver produzindo
E aí, o que você ta sentindo?
Ta em paz consigo?
Ta certo no caminho?
E sua necessidade, qual é?
O que te faz ficar em pé?
Sua morte ta valendo a pena?
Ou ta morrendo pra acumular doença?
Aí é foda, morrer todo bichado
Passando doença pro pobre bigato
Que devora tanto o ricaço
Quanto o noiado
Que por tantos são julgados, ignorados
E aquele papo de ta no topo da cadeia vai pro buraco
Junto com você com o bolso do paletó sem nenhum centavo...

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